O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (13 de agosto de 2025) a revogação dos vistos de diversos funcionários brasileiros e ex-integrantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) devido ao envolvimento com o programa Mais Médicos. Entre os alvos das sanções estão Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da OPAS .

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a medida visa responsabilizar aqueles que facilitaram o que ele descreveu como um "golpe diplomático inconcebível" e um "esquema de exportação de trabalho forçado" do regime cubano. Segundo Rubio, as autoridades brasileiras utilizaram a OPAS como intermediária para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, contornando as sanções americanas a Cuba e pagando diretamente ao regime cubano pelos serviços dos médicos cubanos.

O programa Mais Médicos foi lançado em 2013 durante o governo de Dilma Rousseff, com o objetivo de suprir a carência de médicos em regiões carentes do Brasil. Entre 2013 e 2018, Cuba enviou milhares de médicos para o programa, mas retirou seus profissionais em 2018 após críticas do então presidente eleito Jair Bolsonaro, que comparou o programa à "escravidão.

A revogação dos vistos é vista como parte de uma pressão diplomática dos EUA sobre o Brasil, especialmente em relação às políticas de cooperação com Cuba. Além de Sales e Kleiman, ex-funcionários da OPAS também foram afetados pelas sanções, que incluem restrições de entrada nos Estados Unidos .

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